Não tenho a menor ideia. E não tenho ideia sobre quando foi
a última, e quando verei pela última vez em minha vida. Isto acontece porque
Chaves, para a minha geração é algo que faz parte da vida. Já existia, e quando
eu morrer, certamente continuará existindo.
Chaves é uma piada quando o assunto é televisão: O que o
Silvio Santos vai fazer quando a audiência deste ou daquele programa cair?
Chaves. Chaves funciona. Chaves é como Os Trapalhões. Mas sem sexo. É incrível
observar que algo da década de setenta que abusa de tantos recursos dos
primeiros grandes filmes de cinema, com um humor que parece fácil, durar tanto.
Roberto quem? Ele é o Chaves, e o Chaves se foi. Não vai
mais sair do barril. Ouviremos por ai muito “Pipipipipipipi”, “Ué, ué, ué, ué”,
mas eu prefiro que a gente abafe esse som com os aplausos e risadas tão
características na obra de Roberto Bolaños.
Chaves, não vá embora triste. Ninguém vai gritar “Ladrão”
desta vez. Desta vez você vai partir ao som dos aplausos, risos e assovios.
Muito obrigado, e descanse em pança.
21/02/1929 - 28/11/2014
21/02/1929 - 28/11/2014
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