O amor é um mistério. Ele nasce sem ter motivos, sem ser convidado. Acontece. Amor é um sentimento de carinho, não uma obsessão. Mas o amor mal plantado gera uma.
As pessoas são feitas para amar, e o amor tem um impacto impossível de se medir ou enxergar. Pelo simples fato de que ainda que aquelas duas mãos não estejam tocadas, ele está ali. É um positivo e um negativo, esperando pelo menor contato para a energia(que os dois carregam) flua por aqueles dois corpos como se fossem um só.
O problema é quando não há o contato. Mas quando se percebem. Aí é como um ímã. Tenta grudar, mas outras mãos, as vezes braços de um passado doloroso, seguram, e então, o outro lado em algum momento pode desistir e pender.
Há também outro fato. Quando, embora estas duas pessoas tenham sido feitas para amar, e uma delas não quer. Aí algo terrível acontece. Ao passo que uma faz tudo o que pode para que seus braços toquem a outra, a outra esquiva e, embora seu coração oscile em ceder pelo desejo escondido de ser amado, sua mente, racional(ou meramente condicionada) a diz que não deve ceder por não ter certeza.

O outro, ainda, se torna previsível, piegas, tolo. Serve-se do consolo do travesseiro, e, com olhos fechados, faz de conta estar com o objeto de sua afeição para logo em seguida perceber-se ingênuo e repudiar a si mesmo.
O resistente é inacessível, mas o resistente atira uma pedra logo que amanhece na janela do quarto do impulsivo, que acorda na mesma melancolia até ver que o outro está ali novamente, para encher seu coração de esperança e, no fim do dia fugir. Feitiço de Áquila?
A vida existe para a felicidade. Corações, para transbordarem amor. Mas no fim, se sobrarem somente as lágrimas, como cresce uma árvore regada com elas? Que gosto terá seus frutos?
0 comentários:
Postar um comentário